terça-feira, 28 de abril de 2009

Amores

Vou tentar postar o cap. 6 esta semana ainda ... estou com a minha casa encaixotada e só a Net sabe quando vai instalar a internet na casa nova... mas mudança é assim mesmo !

E não posso deixar de mandar um bjo no coração de casa um . As mensagens, o incentivo e o carinho só me fazem ter mais vontade de batalhar por esta história e sonhar com uma editora ...

Já sei.

Vou pedir uma editora de dia das mães .

Decidido !

Bjokas Bjokas e mais Bjokas .



G

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Cap. 5 postado e playlist atualizada .


Estou muito feliz com as mensagens de carinho . Yay !!!!!!!!!!!!!!!!!!

Acho que vcs estão gostando do pessoal de West Palm Beach .


Um beijo estalado em cada coração enamorado.

Gabriella

CAP. 5 - Erro de julgamento

- Ernest Hemingway foi, sem sombra de dúvidas, um dos maiores escritores de todos os tempos.
Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola e a experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram
Ao fim da Segunda Guerra Mundial se instalou em Cuba
Teve uma vida turbulenta , de amores , traições , espionagem , quatro casamentos e acabou suicidando-se aos 61 anos repetindo o ato de seu pai Ganhou um Pullitzer em 1953 , por “O velho e o mar “ e foi prêmio Nobel da Literatura em 1954.


A voz da Sra. Charlotte , grave e profunda era hipnótica .Eu estava começando a gostar muito daquela aula – aparte o meu nervosismo , ao perceber que estava ha poucas fileiras de Henry Nicolls , desta vez sem nenhuma das beldades bronzeadas , nem algum de meus ou de seus amigos

Era uma sala pequena , uns 20 alunos contando comigo e com ele , e eu não conhecia a maioria . Estavam todos sérios e compenetrados , escutando com atenção a explicação sobre Ernest Hemingway – autor que eu confesso, pouco conhecia .

- Então, crianças, nas proximas quatro semanas estudaremos Hemingway , suas obras e sua vida, e eu espero que todos vocês se apaixonem por ele tanto como eu. Trabalharemos em duplas, para as discussões , e estou disponibilizando exemplares de Adeus às armas – ela caminhava entre as fileiras , nos entregando os livros , transmitindo uma aura de sabedoria e tranquilidade. – Farei a escolha das duplas por sorteio , assim vocês podem ter a oportunidade de conhecer outros colegas. E semana que vem assistiremos ao filme , de 1957 – feito bem antes dos efeitos especiais e pancadarias que conhecemos hoje , mas acredito que será bom acrescentar um pouco de cultura nas suas cabecinhas .

Todos riram . Eu apenas sentia uma forte apreensão sobre esta historia de sorteio de duplas para o trabalho.

Eu não gostava muito desta historia de sorte ...

Ela passou pequenos papeis entre nós , para escrevermos nossos nomes , todos do mesmo tamanho , ao que ela pegava imediatamente e colocava em uma pequena cesta preta , que ela chacoalhou varias vezes , para que nossos nomes nos misturassem .

Assim que começou o sorteio , um papelzinho seguido do outro, eu sentia meu coração dar um pulo . Eu tinha certeza que isto não seria nada bom .

Foi então que eu ouvi meu nome , alto e claro, pronunciado pela Sra Charlotte.

- Nicolle Crystal , sua dupla será Henry Nicolls .

Oh droga . O que ?

Eu não consegui ouvir o resto da escolha das duplas . A única coisa que eu ouvia era meu coração, martelando violentamente em meus ouvidos . Eu baixei meus olhos para a carteira , querendo abrir um buraco no chão para me esconder.

De novo.

- Agora todos vocês devem procurar os seus parceiros , se apresentar e conversar um pouco sobre a história do livro , o tempo , surf , o que vocês preferirem . Mas eu aconselho que seje realmente sobre a história . Teremos muito trabalho nas proximas semanas.

Vi que todos estavam levantando de suas carteiras , procurando seus parceiros,dando risadinhas, puxando suas cadeiras . A confraternização começava .

Eu não me mexia .

Então uma voz profunda – que já estava se tornando familiar falou meu nome.

- Nicolle ?

Eu levantei meus olhos e ele estava ali. Aqueles cabelos bagunçados e negros , os olhos brilhando daquele azul tão profundo .Ele não sorria .

Era cuidadoso e muito educado .

- Posso me sentar ?

- Claro – respondi, agradecendo por encontrar a minha voz e não soar tão idiota naquele exato momento.

Ele puxou uma cadeira ao meu lado. Eu conseguia sentir o cheiro de seu perfume – sofisticado e discreto, mas eu não identificava o cheiro. Apenas era bom . Muito bom.

Oh, como eu queria me chutar por ser tão estúpida .

Ficamos alguns segundos em um silêncio constrangedor. Eu não ousava levantar os olhos da minha mesa, e começei a brincar com as paginas do livro . Quem quebrou o silêncio foi ele.

- Você conhece Hemingway ?

- Na realidade não muito .Nunca li uma obra dele .Acho que não posso falar que é um dos meus escritores favoritos.

Eu dei de ombros e ele riu . Um som abafado e baixo.

- Pois deveria . Ele é muito bom . Acho que você vai gostar deste livro .

Eu apenas olhei para ele . Ele passou as mãos pelos cabelos e parecia que procurava um assunto para conversar comigo. Com certeza ele deveria estar me achando uma pateta mesmo.

Ah, qual é , eu não ia desmaiar apenas por estar ao lado dele .

Eu tenho algum orgulho. Mesmo que ele esteja fraquinho, sentindo aquele cheiro delicioso.

- Quais seus autores favoritos ? – ele perguntou

- Gosto das irmãs Brontë, Austen , Gabriel García Márquez...

- Uau – ele disse. - Apenas clássicos?

- Não, eu gosto de outras coisas.

- Que tipo de outras coisas?

- Eu tenho um fraco por histórias de Hobits – eu disse, sem nem perceber que estava rindo. Eu simplesmente estava falando – Ah, e todos aqueles livros de vampiros que estão fazendo sucesso.

O sorriso dele aumentou.

- O que foi? – eu perguntei com uma ponta de irritação – Não se deve julgar um livro pela capa.

Ele me olhou, muito, muito sério.

- Eu também gosto desses. Se você não quiser que ninguém saiba, é apenas não contar sobre mim, que eu não conto sobre você.

Eu ri. Ele era agradável. O sorriso dele voltou em seus lábios, e eu percebi que ele era absurdamente muito bonito. Tinha uma covinha em sua bochecha e lábios cheios, atrevidos.

Decidi dar um tempo com meu antagonismo sobre ele.

Apenas temporariamente.

- O que conta esta história? Do Hemingway? – dessa vez eu perguntei.

- É um pouco autobiográfica. Conta sobre um romance entre uma enfermeira e um jovem soldado, durante a Grande Guerra. Ele tem que decidir entre a honra de lutar em uma guerra perdida ou ao amor da mulher que ele ama, e esta esperando um filho dele.

Percebi que estava começando a ficar meio boba em sua presença, ao cheiro, ao sorriso. Até que me lembrei de Jéssica e ao seu gosto por líderes de torcidas ricas e anoréxicas.

Eu soltei sem pensar no que dizia:

- Na realidade, Hemingway era um conquistador inveterado, e apenas se aproveitada de todas estas mulheres.

Ele me olhou confuso.

- Como? Eu não entendi.

- Simples – agora a minha irritação estava mais intensa – Ele teve quatro casamentos, não sei quantas amantes, e sempre que se dizia apaixonado por uma abandonava a antiga. E assim foi por toda a sua vida. Por isso que eu digo, apenas um conquistador atraz de alguma bela mulher.


- Às vezes, Nicolle, ele apenas se sentia perdido por não ter encontrado um amor verdadeiro, ou justamente por te-lo perdido. Tentou buscar em outras mulheres o que ele não tinha, procurando algo que talvez ele não conhecesse.

- Isso é uma desculpa para a infidelidade. Uma forma bonita de dizer mentiras e enganar alguém.

A expressão dele ficou sombria. Seus lindos olhos claros ficaram mais escuros e ele ficou fitando o tampo de nossa mesa.

Eu também estava constrangida, me sentindo estranha por aquela conversa. Eu nem sabia por que estava com tanta raiva de Hemingway. O que eu tinha a ver com a vida daquele cara?

- Você tem razão – ele disse depois de um longo minuto – Isso sempre machuca alguém. Pessoas machucam outras com desculpas tolas.

Eu nada respondi. Fiquei ali olhando para ele, tentando entender aquela mudança brusca de humor.

Na verdade, aquela situação – toda aquela situação – era estranha.

Eu abri o livro e tentei folhear algumas folhas aleatórias, fingindo que prestava atenção em algo. Na verdade poderia estar escrito em grego antigo ou aramaico – para mim, naquele momento não faria a menor diferença.

A Sra. Charlotte circulava entre as mesas, conversando com os alunos, emanando aquela aura de sabedoria e bondade. Após alguns segundos, ela parou em frente a nossa mesa e colocou uma mão camarada no ombro de Henry. Ela olhou diretamente para mim.

- O Sr. Henry Nicolls, Srta. Nicolle é um ótimo aluno e um expert em Hemingway. E a Srta. tem excelentes notas, já verifiquei seus registros em nosso banco de dados. Vocês têm muita sorte de serem parceiros de estudos em nossas aulas. Terão muito que aprender juntos.

Eu apenas olhei para ela, tentando não ficar corada, enquanto ele voltava seus olhos, procurando os meus.

Oh meu Deus.

Eu esperei apenas alguns momentos, o suficiente para a Sra. Charolotte se afastar de nosso lugar. E respirei profundamente e tentei não olhar naqueles olhos, nos quais eu facilmente me perderia, se eu não me controlasse agora mesmo.

- Henry, posso te fazer uma pergunta?

- Claro. – ele respondeu um pouco surpreso, arqueando uma de suas sobrancelhas.

- Você é do time de futebol, um astro pelo que eu soube, e provavelmente não precisa freqüentar estas aulas, e eu acho que nem tem tempo, com os treinos, estas coisas – e eu imagino quais seriam as outras coisas - Desde quando atletas gostam de Literatura?

De repente seus olhos brilharam de raiva, com um brilho perigoso. Eu gostaria tanto de ter mantido a minha boca fechada.

- Nicolle... Srta. Crystal – sua voz era dura – eu a conheci defendendo uma pessoa que você nem conhecia. Para uma paladina da justiça, você julga muito facilmente as pessoas. Não me julgue sem me conhecer, por favor.

Eu estava fazendo isso. Eu realmente estava fazendo isso. Meu segundo dia naquela escola e eu já estávamos rotulando alguém. Alguém que, indiferente das minhas opiniões pessoas não merecia meu julgamento.

Eu queria me desculpar por aquela grosseria e dizer que sentia muito . Eu queria lhe dizer que não tinha o direito de falar aquilo. Mas eu fiquei apenas olhando para ele, sem dizer nada.

Quando o sinal tocou, ele levantou energicamente, e sem nem olhar para traz , murmurou “Até amanhã, Srta. Crystal”.

Eu não tive tempo – ou coragem – para responder.

Mais tarde, naquela mesma noite, eu me sentia completamente perdida. Eu havia sentado no confortável sofá que minha mãe havia colocado de frente a janela de vidro, em nossa sala. De lá eu conseguia ver, bem ao longe, a costa de west palm Beach. Tudo parecia tão calmo e tranqüilo, e se eu não reparasse naqueles prédios luxuosos e nos carros caros, eu quase poderia esquecer que estava naquele lugar, cheio de pessoas tão diferentes de mim.

Eu queria dormir. Eu estava tão cansada. Talvez todos os meus erros de julgamento e até o meu péssimo humor ao termino do dia escolar fosse por causa da falta de sono. Talvez fosse alguma outra coisa, mas não importava muito. Eu queria apenas deitar e deixar minha mente se perder na inconsciência.

Mas eu tinha medo. Eu estava tão cansada dos meus pesadelos, da sensação de perigo que me rondava a cada vez que eu fechava os meus olhos.

Quando o sol já havia se posto, eu ouvi uma música alegre – para os padrões de meus pais,que eram alegres lá pelos anos oitenta , com aquelas cabelos de poodle na chuva e aquelas roupas ...

È, meus pais já foram adolescentes, eu vi as fotos.

Oh, minha nossa, eles estavam ouvindo Bom Jovi.

Eu estava preparada para atormentá-los pelo seu péssimo gosto musical, quando uma cena , na cozinha, me fez parar de pronto, com aquela estranha sensação de estar invadindo a privacidade de alguém.

Eles estavam dançando.

Juntos, de rosto colado, as mãos de meu pai em volta da cintura de minha mãe, ela acariciando os seus ralos e muito curtos cabelos Eles pareciam tão felizes, tão em sintonia, como há muito eu não os via. Eles estavam felizes.

Era impossível resistir olhar para eles, mas eles mereciam aquele momento. Eu dei meia volta, tentando não fazer barulho no piso de madeira.

Eles sempre estavam tão ocupados comigo ou com o trabalho que eu sabia que na maioria das vezes eles não tinham tempo para cuidar de si mesmos.

E eles eram muito jovens...

Eu resolvi encarar os meus temores.

Fui para o meu quarto, liguei apenas a luz pálida de meu abajur e coloquei uma musica bem baixinha em meu CD player.

Coloquei meu pijama mais confortável, de algodão curto e fino e me enrosquei no meu edredom – nem me importando com o calor que fazia naquela estúpida cidade.

Eu fechei os meus olhos.

Apesar de toda tranqüilidade de meu quarto, eu estava nervosa. Meu coração batia forte e eu sentia minha garganta seca. Meus cabelos grudavam no meu pescoço e no meu rosto, pesados e pegajosos.

Eu queria abrir os meus olhos. Ainda não era hora de dormir. Eu não estava preparada.

Mas meu quarto não estava mais tranqüilo. Eu ouvia choros e gritos por todos os lados. Meus olhos estavam pesados, e eu apenas conseguia.
Abri-los um pouco. Eles doíam, assim como todo o meu corpo.

Minhas entranhas reviravam, com um forte cheiro de urina e fezes.

Algo no fundo queimava.

Foi então que algo pesado me atingiu, primeiro em meu abdômen, e depois em meu rosto. Algo me segurava dolorosamente pelos meus ombros, fazendo todo o meu corpo alquebrado doer. Era insuportável.

Eu queria dormir - ou morrer, eu não me importava na realidade, apenas aquela dor deveria parar.

Mais uma forte pancada. E mais uma. E outra.

Eu percebi uma mão percorrendo o meu corpo, Eu queria vomitar, mas apenas sentia o gosto de sangue em minha boca.

Eu estava perdida. E sozinha.

Em algum lugar de minha cabeça eu sabia que algo estava errado, mas eu não tinha forças para descobrir.

Por favor, apenas pare a dor.

Uma voz gritava em meus ouvidos, mas eu não conseguia entender realmente o que ele falava. Eu estaria morrendo afinal? Seria assim a morte? Solitária e dolorida?

Em algum momento eu consegui entender algumas palavras.

- Confesse bruxa! – uma voz sibilante, como a de uma cobra ecoava cortante em meus ouvidos. E o hálito fétido, eu sentia em minhas narinas.

O que eu deveria confessar?

De repente, uma voz suave como veludo falou em minha mente. Eu sabia que ele estava ali, mas não conseguia ve-lo, ou senti-lo.

“Apenas confie em mim” – a voz sedutora me dizia.

E eu senti mais uma violenta pancada em meu estômago, fazendo sangue jorrar pela minha boca.

Eu abri os olhos com violência e consegui pular, tentando correr para longe apesar de meu corpo castigado.

Então a realidade me atingiu, dura e forte, pior do que os socos que castigavam o meu corpo.

Eu estava de volta ao meu quarto. Minha pele suada, grudada em meu pijama. Meus cabelos em um ninho embaraçado, que eu sabia que seria quase impossível de arrumar.

Eu havia tido um outro pesadelo. Dessa vez ele havia sido pior, muito pior.

Meu corpo inteiro doía, meu estômago se revirava em náuseas violentas.

Eu corri para o banheiro, colocando o jantar para fora enquanto me debruçava no vaso sanitário.

“Confesse, bruxa” ainda ecoava em minha mente.

Bruxa.


Isso não podia mais continuar. Eu precisava de ajuda.

E eu acho que conhecia uma bruxa que poderia me ajudar.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Cap. 4 postado , mais tarde o 5 !

Viva o Google docs !

Playlist atualizada também .Por falar nela, vocês estão gostando ?

Um bjo grande

Gabriella

CAP. 4 - Trégua

Na manhã seguinte eu acordei determinada a ter um dia diferente.

Depois da noite miserável de sono, dos meus insuportáveis pesadelos e das borboletas flutuando no meu estômago , quando eu pensava em Jéssica , Henry ou qualquer outro rei de West Palm Beach, eu percebi que precisava mudar a minha postura.

Demonstrar medo perante este tipo de situação é igual cair em um tanque de tubarões com um corte aberto e vertendo sangue. E eu sabia realmente o que iria atrair .

Um pouco de atitude era tudo que eu precisava.

Coloquei um jeans que eu adorava que valorizava meus pontos fortes, apesar de deixar minha bunda maior do que a da J-Lo e uma blusa preta Benetton, com um decote interessante - mas não a ponto de me deixar parecendo uma vadia. Finalizei com uma delicada sandália Prada, um pouco de maquiagem nos olhos, deixei os cabelos caírem soltos em cascata pelos meus ombros e voalá: eu estava até passável.

Mas com um pouco de atitude eu sabia que poderia ficar bem mais do que passável.

Jogar os dados a seu favor.

Deixei meu carro no lado mais escondido do estacionamento. E decidi entrar de fininho do colégio.

Quando eu cheguei na grande porta de vidro, Danielle e sua turma me esperavam.

Isso foi o suficiente para deixar meu dia mais feliz e um sorriso em meus lábios.
O efeito que eu esperava causar naquele dia se mostrou de imediato, ao ver os olhos dos garotos se arregalarem.

Danielle e as meninas riram, e me cumprimentarem daquele jeito estranho , seguido de um " É isso aí, garota ! "

- Uau! Que mudança em apenas 24 horas. - Patrícia disse, dando uma leve cotovelada em seu namorado.

- Apenas estou me adaptando á cultura local.

- Espero que isso não a deixe parecida com elas... - suspirou Jack, dando um fofo sorriso.

Ele inclinou um pouco a cabeça para a esquerda, e eu vi sobre quem ele estava falando. Jéssica e sua corja.

Eu senti o embrulho em meu estômago. Atitude, gritei para mim mesma, ao mesmo tempo em que respondia um "nunca" duro.

- Não se preocupem - interveio Danielle, com sua voz delicada, mas firme - Ela não é assim. Isso eu garanto.

Eu olhei para ela e ela sorriu, de um jeito cúmplice.

Quantos segredos essa garota guardava? E como ela podia afirmar algo a meu respeito, me conhecendo há pouco mais de 24 horas?

Todos os outros riram, dando de ombros.

- E assim falou a nossa sacerdotisa de Avalon - suspirou Hellen.

Danielle corou, e baixou um pouco os olhos . Quando ela resolveu falar novamente, sua voz era envergonhada, mas ainda assim tinha um toque de dignidade.

- Ok. Chega de rirem as minhas custas. Todos temos aula. Vamos Nicolle, enfrentar a aula de Inglês.

E assim fizemos.

Pelo corredor mais algumas pessoas me encaravam. Risadinhas abafadas , alguns olhares que poderiam ser de aprovação - ou de escárnio , daquele tipo de " Ok idiota , você esta indo para o caminho certo." Claro. .

Eu me sentia como uma peça em exposição, mas já que eu tinha decidido entrar naquela dança, deixei um suave sorriso nos meus lábios.

Danielle me encarou na porta da sala de Inglês. Eu sabia o que ela queria perguntar, em seu jeito silencioso de se comunicar.

- Hey, estou pronta - garanti - Nada como o doce sabor da popularidade.

Ela deu de ombros e me deu um sorriso encorajador.

E assim eu entrei na sala de aula - como uma pessoa entrando no purgatório.

Elas estavam todas lá. Jéssica e as outras garotas. Todas muito bem vestidas, bronzeadas, perfeitas como sempre. Desta vez estavam sentadas na frente. Era impossível escapar delas.

Os outros alunos da sala nos encaravam. Estavam todos a espera pelo espetáculo.

Jéssica não os decepcionou, assim que eu entrei, ela deu uma grande gargalhada e comentou, numa voz igual das garotas do tempo.

- Olha isso! Olha o tamanho dessa bunda! Deve ser comum em Seattle, já que existem até calças deste tamanho.

Todas as suas amigas riram. O resto da classe estava a espera, em silêncio.

.Era possível ouvir até as batidas de meu coração. Mas eu não ia me dar por vencida hoje.

Dei um passo a frente, olhei por cima de meus ombros e dei meu sorriso mais charmoso. Olhei fixamente para Jéssica nunca deixando de sorrir.

- Não sei se posso dizer que é comum de onde eu venho - eu disse, controlando a minha voz num tom bem delicado - Já que a minha foi presente da genética familiar, mas sabe, sempre falaram de um cirurgião maravilhoso lá em Seattle que poderia fazer uma parecida com a minha em você. E acho que você não se importará com o preço, para ter um pouco mais de curvas neste corpo.

Muitos dos alunos na sala explodiram em risadas. Vi o rosto de Jéssica ficar vermelho, roxo, verde, e passar por mais uma gama crescente de cores, enquanto ela mordia os lábios e seus olhos me encaravam com raiva.

Eu tinha certeza que ela nunca ouvia algo assim sair da boca de qualquer um da escola. Ela agia como uma rainha e o resto do corpo estudantil, seus súditos.

Ela respirou profundamente uma vez, e vi que sua mãe se levantou novamente em minha direção. Fiquei preparada. Se esta vadia mimada estava pensando novamente em me bater, eu teria uma ou duas coisinhas para ela. Não que eu já houvesse brigado, mas devo ter aprendido alguma coisa nas aulas de defesa pessoal.

Então vi duas figuras entrando pela sala em uma animada discussão, e me assustei ao ver Henry Nicolls entrando acompanhado pelo professor Collins - o baixinho.

A discussão de ambos morreu instantaneamente, e eles ficaram olhando para mim e Jéssica. Senti Danielle segurar a minha mão, tentando me puxar para o meu lugar.

- O que esta acontecendo aqui? - perguntou irritado o Sr. Collins.

- Eu e Nicolle Crystal estávamos apenas confraternizando, Sr. Collis, sabe como é, ela ainda é uma aluna nova e não conhece as regras da escola- Jéssica respondeu, com um sorriso muito fingido de inocência nos lábios .

- E você, Srta. Smith, não é a pessoa mais adequada para ensinar as regras de nosso colégio para a Srta. Crystal. Temos todo um corpo de coordenadores capacitados para fazer isso.

O sorriso dela morreu nos lábios. Percebi que Henry a encarava de uma forma dura

- Ambas para os seus lugares, se não se importam. Eu ainda tenho uma aula para começar.


Não discutimos e fomos silenciosamente para nossos lugares. Eu não levantei muito os meus olhos, mas me incomodou muitíssimo ver que Henry não olhou uma vez em minha direção enquanto se dirigia ao fundo da sala de aula.

Tinha como eu ser mais patética?

A aula passou rápido, e sinceramente eu não fazia a menor idéia do que eu estava perdendo, pois estava muito absorta em meus pensamentos.

Má noite de sono, ser perseguida por maníacos loiros e uma vadia adolescente fazem isso com a gente. Eu só ouvi uma voz me chamar a realidade quando percebi o Sr. Collins chamando o meu nome.

- Srta. Crystal, você esta sendo chamada na diretoria antes da sua próxima aula.

Oh droga. Eu ia ser expulsa?

Jéssica ria ao passar por mim. Com aquele seu jeito insuportável de metida, ela deu alguns passos e disse bem baixinho " Você esta ferrada ".

Eu acho que não precisava dela para ter certeza disso.

Eu saí meio atordoada da sala, com o coração aos saltos e um aperto na boca do estômago. Danielle, que andava ao meu lado, mantinha aquela expressão tranqüila em seu rosto. Irritante.

- Dann, o quão enrascada eu estou?

Ela parou em um tranco, me olhando um pouco assustada.

- O que? - ela perguntou.

- Eu fui chamada na diretoria, Dann. O quão enrascada você acha que eu estou?

- Ah isso - ela suspirou - não se preocupe, apenas rotina.

- Eu não vi mais ninguém sendo chamado.

- Você é novata, isso acontece.
A tranqüilidade dela estava me irritando. Sem contar que ela parecia em qualquer lugar menos no colégio.

- Mas Jéssica...

Ela me cortou de súbito, deu uma risadinha e um aperto em meu braço. A expressão tranqüila da garotinha de novo.

- Esquece a Jéssica. Ela vai fazer de tudo para te irritar agora. Guardo um lugar para você em Biologia.

A próxima coisa que eu vi foi sua pequena figura andando apressada pelo corredor, os cachos grossos de seus cabelos castanhos balançando conforme ela andava. Dizer que ela era meio estranha era ser simpática. Eu incrivelmente gostava muito dela, mas que ela era estranha, ela era.

A sala da diretoria e coordenação seguia o mesmo padrão chique do resto do colégio. Madeira escura contrastando com móveis modernos, um sistema harmonioso de som ambiente tocando Seal que deveria servir para acalmar os corações aflitos sentados naquele banco caro - como o meu, naquele exaro momento.

De repente uma senhora loura - do tipo de comerciais de margarina, aquelas que sempre fazem as mães sorridentes, super maquiadas e com um penteado armado horrível apareceu toda sorridente na sala. Ela cheirava a Lou-Lou - doce e um pouco enjoativo.

- Bom dia Nicolle. Sou a Sra. Tricia Adams, coordenadora da sua turma. Vamos entrar?

Deveria ser algo genético ligado ao dinheiro, mas todas tinham as vozes finas, infantis e delicadas.

Fiz o que ela pediu, e não consegui disfarçar meu queixo caído ao entrar na sala.
Tapetes vermelhos, poltronas e um confortável sofá igualmente vermelho. Até o note book dela era vermelho, contrastando com a sala de vidro e a mesa antiga de madeira. Quadros por todos os lados - sem muito nexo, mas muito, muito sofisticados. Assim como a Sra. Tricia parecia.
Aquele excesso de vermelho não estava ajudando com minha revolta estomacal. Um sorriso gentil não faria eu ficar menos apavorada.

- Bom, Nicolle, você deve já ter percebido que nossa escola é diferenciada, e proporcionamos um ensino de alto nível.

Oh, eu tinha percebido.

- Então - ela continuou - muitos de nossos ex alunos hoje em dia são pessoas muito famosas, e apenas tentamos formar os melhores entre os melhores. Espero que esteja se sentindo muito bem acolhida em nosso colégio.

Muito, pensei. Mas apenas balancei a cabeça emitindo um "Ahã” monótono.

-Como faz parte de nossa grade , todos os nossos alunos devem optar por matérias extra curriculares. Nossos alunos podem escolher entre esportes , artes , matérias curriculares aplicadas ou cursos diversos . São exigidas duas aulas semanais e elas contam ponto para sua formação, e também para algumas faculdades.

Por essa eu não esperava. Onde estava a minha expulsão?

Ela me entregou um folheto com duas adolescentes sorridentes, uma com vários livros - que não combinavam com a modelo escolhida - e outra com um uniforme já muito conhecido das lideres de torcida dos Reis de West Palm.

- Teremos encontros semanais para discutir seu progresso no colégio e em suas matérias extracurriculares, assim como para discutir seu futuro acadêmico. Junto com o panfleto, um questionário sobre os seus costumes e uma auto avaliação, você pode me entregar semana que vem e os formulários das aulas que você escolher que deverás ser entregue ao Professor da matéria escolhida, que devera ser iniciada ainda esta semana

Ela tinha demorado muito para decorar tudo isso?

- Apenas se decidir optar por um esporte deverá passar por um teste de aptidão. No panfleto explica quem você deve procurar.

Então ela se levantou, passou ao meu redor e deu um daqueles sorrisos de comercial de margarina.

- Alguma dúvida Srta. Nicolle?

- Nenhuma. – eu nem havia tido tempo de falar.

- Ótimo. Semana que vem nos veremos novamente e qualquer dúvida não se preocupe em me procurar.

Eu já estava saindo de sua sala quando ouvi sua voz mais uma vez me chamando.

- E mais uma vez seja bem-vinda.

Corri a sala de Biologia, pedindo desculpas pelo atraso. Danielle havia guardado um lugar para mim, aonde eu de pronto sentei.

- Muito encrencada? – ela sussurrou?

- Aulas extracurriculares.

- Oh, verdade. Você ainda não sabia?

-Não.

- O que você vai...?

A alta figura do Sr. Foster parado bem em nossa frente com uma cara de poucos amigos, cortou a nossa conversa.

Eu aproveitei a aula – sério isso não pode continuar a se repetir – para analisar o panfleto.

Ele realmente era separado por categorias.

I – Artes
Teatro, Música, Banda colegial, Projetos independentes musicais.

II – Aulas aplicadas
Literatura, História, Geologia, Mitologias antigas.

Estas eu tinha gostado.

III – Matérias especiais.
Economia doméstica, Mercados, Aplicações Financeiras, Calculo Aplicado, Linguagem de programação de computadores, Desenhos e modelagem fashion, História da moda.

O que?

IV – Esportes

Futebol (avaliado pelo Treinador Sr.Brooks).
Basquete feminino e masculino ( avaliado pelo Treinador Sr. Tipett )
Animação de torcida ( avaliado pela Sra. Tricia e pela Srta. Jéssica Smith )
Luta romana (avaliado pelo Mestre Sr. Yan)

Nossa! Nem se eu fosse eletrocutada.

Eu já estava fazendo as minhas escolhas , quando percebi que os meus novos amigos estavam muito animados com as minhas aulas extras curriculares, ao nos encontrarmos em nosso refeitório.

- Por que todos continuam me olhando? – perguntei um pouco irritada.

- Você é famosa Seattle – assentiu Michel – enfrentou Jéssica Smith em seu primeiro dia de aula. Isso é muita coisa.

- Eu acho que aquela vaca quer me matar na realidade.

Ao afirmar meu medo, abocanhei uma grande quantidade de um creme de alguma fruta que eu não conhecia enfiado dentro de um bolinho. Mas era bom.

- Não se preocupe – continou Juliet – Henry Nicolls já cuidou disso.

Ouvir o nome dele quase me fez engasgar.

- Cuidou de que? Do que vocês estão falando?

- Ele meio que “proibiu” Jéssica de tentar algo contra você – Patrícia fez aspas no ar ao falar a palavra proibiu.

- Por que ele faria isso? E por que ele fica mandando nela como um produto machista elitizado. Ridículo.

Pelo visto os garotos gostaram da minha hostilidade aparente com Henry, pois Michel deu um soco camarada no ombro de Jack. Garotos.

Danielle, claro, interveio na defesa de Henry.

- Normalmente ele não age assim – ela garantiu – ele dificilmente se mete em algum assunto que não seja seu, apenas quando é algo muito, mas muito sério. E como Jéssica ainda sonha com seu posto de primeira dama, eu acho que ela faria qualquer coisa que ele mandasse.

- Mas ele mandar nela é ridículo – eu continuei.

- Se ele quisesse, ele poderia mandar em mim também – assentiu Hellen com uma risadinha para Juliet, que respondeu com um longo suspiro.

- Ridículo ou não, temos que convir que ele normalmente é muito justo , e essa trégua forçada imposta por ele vai lhe garantir um pouco de paz.

- Mas Juliet – eu ainda estava muito irritada. Isso era tão machista.

- Você escolheu as suas aulas? – interveio solicita Patrícia.

Eu dei um longo suspiro.

- Acho que sim. Teatro e Literatura. Eu fazia teatro em Seattle.

Jack ficou todo animado.

- Wow Nicolle, estaremos na mesma turma então. Eu estou nas aulas de Teatro.

Eu respondi com um sorriso animado para ele. Ia ser bom tem um amigo nestas aulas comigo.

- E vocês? Quais as suas aulas?

- Desenhos e modelagem fashion e História da moda – garantiram em coro Hellen e Patrícia.

- Eu faço parte da banda e tenho alguns projetos musicais – Julliet.

- Teatro e luta romana. – Jack.

- Isso não combina muito... – tentei argumentar.

Ele respondeu com mais um daqueles sorrisos.

- Combina sim. Um bom ator tem q ser forte e flexível.

Ok.

Paul e Michel faziam calculo e programação de computadores.

- E você Dann?

- Mitologia e História.

Não me surpreendi.

- Bom, se você escolheu literatura, a aula é hoje ao término da ultima aula.
você deve se apressar preencher o formulário e entregar ao Sra. Charlotte.
E eu te ajudo com os formulários.

- Obrigada Dann – respondi simplesmente.

Ao final da ultima aula, encontrei com Danielle no corredor, e nos apressamos para preencher todo o formulário da aula de Literatura. Eu tinha uma pergunta que estava me corroendo por dentro, e agora que estávamos sozinhas, sentadas na escada próxima da saída, eu tinha que
Perguntar.

- Dann?

- Sim.

- Sobre aquela história de bruxaria...

Ela me olhou com cuidado, esperando minha pergunta. Mas percebi que havia uma ponta de excitação em seus olhos.

-O que você quer saber?

- É como aquela coisa de Wicca, New Age, isso? – tentei ser cuidadosa.

- Hum, mais ou menos. Mas você conhece as Wiccans? – ela estava animada agora.

- Mais ou menos. – tentei soar o mais honesta possível – apenas algumas coisas que eu vi pela internet. São bruxas boas, certo?

Ela deu uma risadinha, longa e baixa.

- Acho que se pode dizer que sim. Você se interessa pelo assunto?

- Para falar a verdade, não. – e eu realmente não me interessava.

- Ok – ela disse, mas vi que o sorriso morreu um pouco em seus lábios.
-Mas por você tudo bem, uma amiga bruxa?

- Tudo bem – eu disse – se acabar a gasolina de meu carro, posso recorrer a sua vassoura.

Pelo visto a piadinha não a havia ofendido, já que ela riu, mas percebi que ela ainda me estudava com cuidado.

- Você vai se atrasar. Encontramos-nos na saída.

- Ok.

A sala de Literatura era no final do corredor “das artes” como o pessoal chamava por aqui. Varias salas ainda em estilo antigo, que abrigava as turmas de teatro, música, a banda e mais algumas matérias.

A ultima sala tinha uma placa envelhecida, escrita Literatura, e na porta uma mulher de uns cinqüenta anos, pequena, delicada, os cabelos presos em um coque, negros, mas já manchados com vários fios brancos. Tinha um olhar bondoso. Deveria ser a Sra. Charlotte.

- Bem vinda criança – ela me disse.

- Nicolle Crystal, respondi com um sorriso, ao entregar o formulário.

- Bem vinda Srta. Nicolle. Fico feliz que tenha se juntado a nós.

- Obrigada - eu disse.

- Sente-se – ela continuou – hoje estaremos iniciando um estudo sobre Hemingway.

Nossa! Avançado.

Quando eu entrei na sala, um olhar muito conhecido cruzou o meu, brilhando intensamente de surpresa, o que provocou um arrepio pelo meu corpo.

Para a minha maior surpresa, Henry Nicolls, estava na minha turma de Literatura.

domingo, 19 de abril de 2009

Amigos,

O cap. 4 esta um pouquinho atrazado ... acabei perdendo alguns arquivos na pane da minha máquina no final da semana passada, e estou organizando o manuscrito que eu mantenho on line . Logo logo, posto o 4 e o 5 , assim que terminar de revisar .

Um bjão a todos e obrigada pelo carinho que estou recebendo .

Gabriella

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Feriado, Amy Whinehouse e Capítulo 4 ???

Semana de feriado prolongado é uma loucura ! Ainda mais este feriado ...
Filas no shopping , pessoas se degladiando nos supermercados ( ainda mais se há crianças na familia , como aqui ... ai ai ... socos e pontapés para conseguir o ovo do Batman ) , o trabalho vira um inferno e você quase pira .
Então , a famosa crise de criatividade , bloqueio, ou como diria a minha mãe, preguiça, acontece.
Pois bem ... quase acontece.
Estas emana houveram boas surpresas também .
Primeiro, que a cada visita que eu vejo no blog , ou um comentário novo, meu coração dá piruetas de felicidade. Obrigada.
Segundo, esta semana Twlight finalmente chegou as locadoras ( Obrigada Fael, amor , por ter trazido para casa rapidinho! ).
E para superar um pouco a crise com os dedinhos em frente eao computador , eu ouvi algo novo esta semana .Novo pelo menos para mim .
Amy Winehouse.
Não faz nem um pouco meu estilo, pois eu prefiro rock ( desde os vovôs dinossauros até os gatinhos alternativos atuais ), e dela apenas conhecia Rehab (Oh NO!No!No! ), as loucuras, confusões , a auto destruição e todo o resto .
Pois bem , ouvi a discografia da inglesa e pasmem !Adorei.
A minha viagem diária ao trabalho esta semana foi ao som de suas musicas e o bloqueio , uau , foi embora.Ela é ótima e agora estou também na torcida pela sua volta por cima como diva.Sem drogas.
Então, no final de semana capitulo 4 saindo do forno.
Também estou postando a playlist que me acompanhou no bloqueio.
Não é a do livro , esta também será atualizada com o que eu ouvi.
Mas quem sabe as musicas de Amy não ajudam mais alguem esta semana?
E por quê estou falando tanto ? Porquê eu gosto de falar e assim vocês, amigos, me conhecem um pouquinho,não apenas como a pessoa incognita que sonha em ser escritora e posta suas coisa na internet.

Um beijo no coração e magias achocolatadas.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Correções do cap. 3

Oi amigos .

Ontem acabei postando uma versão sem revisão do capítulo 3 , e não tive como alterar .

Pois então, devidas correções feitas no capítulo, desta vez em uma versão que não mataria minha antiga professora de português de enfarte .

Um beijo no coração

Gabriella

domingo, 5 de abril de 2009

Cap. 3 - Encontro entre as sombras

Minha primeira idéia ao subir as escadas de casa era sumir de West Palm Beach, da Flórida e até mesmo do sol irritante.

Eu poderia ir para o Texas, e ficar na pequena fazenda de minha avó. Claro que eu ainda teria sol, mas poderia ficar com ela por um tempo - o suficiente até ir para a faculdade talvez.

Pensei na possibilidade de pedir asilo para os pais de Becca. Voltar para Seattle era o meu maior desejo.

Entrei no meu quarto dando vivas por ainda estar sozinha em casa. Meus pais retornariam do trabalho apenas horas depois.

A atitude mais honrada que me restava era me trancar no quarto, fechar as janelas e me enfiar embaixo do meu edredom, escondida do resto do mundo. Claro, com o ar condicionado ligado.

E foi isso que eu fiz.

Pensei, e pensei e pensei. Pensei em várias alternativas de fuga, do que diria aos meus pais, e do quanto eu queria sair correndo da Flórida e de todos os riquinhos mimados que a cercavam. Eu apenas queria fugir de toda esta confusão que se anunciava.
Foi aí que eu percebi que eu estava sendo absurda. Absurda e idiota.

Primeiro, por que não era exatamente como se eu realmente estivesse em perigo. Meu pequeno problema não era como se eu estivesse passando fome, em necessidade, sendo uma sem teto, ou com alguma doença grave. Nada disso. A maioria dos seres humanos deveria ter maiores problemas com que se preocupar do que meu pequeno drama ali se desenvolvendo. Se eu pensasse friamente, estávamos em uma situação melhor do que quando morávamos em Seatle. A nossa casa agora era muito mais confortável, de dois andares, com uma mobília nova e com muito estilo. Tínhamos uma TV de plasma grande na sala. Eu agora tinha um computador novo, um quarto grande e espaçoso, com uma janela em forma de sacada. E eu tinha meu próprio banheiro.

Isso sem contar no sorriso no rosto de meus pais. Estávamos morando em Palm Beach há quatro semanas, desde meados das ferias de primavera. E eu não vi meus pais sem um sorriso no rosto nenhuma vez.

Eu poderia viver com meus problemas. Eu tinha certeza disso. Eu sempre fui corajosa.

Sempre gostei de enfrentar tudo de frente e adorava um desafio

Mas por que eu tinha a sensação de que queria correr e correr para bem longe?

Eu me revirava na cama, sentindo-me um pouco sonolenta, com o rosto escondido em meu travesseiro, sabendo que era patético eu estar fazendo isso agora, pois o sol ainda estava alto no céu.

Mas eu queria correr e fugir.

E de repente eu percebi que era o que eu estava fazendo.

Correndo. Eu estava correndo.

Eu corria por várias ruas que eu não conhecia. Vi o vulto dos prédios e dos carros, pois eu corria com uma velocidade anormal.

Estava descalça. Usava apenas meus jeans mais confortáveis e uma blusa branca, que eu gostava muito, do Seattle Supersonics, antes da triste mudança para Oklahoma.

Eu sabia que alguma coisa estava errada, pois era completamente errado eu estar correndo descalça e com esta velocidade, mas adrenalina corria pelas minhas veias enquanto eu sentia o mundo se deslocando de uma forma completamentente surreal.

Eu percorri toda a costa de West Palm, sentindo a areia macia sob meus pés, o cheiro do mar, sentindo meus cabelos grudando em minha nuca em uma camada grossa de suor.

Era estranho.

As pessoas não olhavam, não paravam para observar uma alienada correndo pelas ruas como se fosse um borrão. Ou talvez fossem exatamente que eles não estranhavam. Eles não poderiam me ver. Eu me deslocava rápido demais para os seus olhos.

Eu tinha plena consciência de coisas que eu nunca havia realmente sentido.

O zumbir do vento, alto e claro em meus ouvidos. O cheiro da terra e do oceano, como se eles tivessem entrado pelas minhas narinas e estivessem se alocando em cada uma de minhas células. O sol ardia como brasas em minha pele, mas não doía.

Eu conseguia sentir uma onda magnética ao longe. Uma nuvem pesada de chuva pairava sob mim, apesar do sol causticante. Era como se ela me seguisse , agitando-se em minha corrida louca.

Minha garganta estava seca. Meu coração batia em um ritmo acelerado, enquanto eu testava meus limites, aumentando a força de meus pés no chão.

Era como se eu flutuasse.

De repetente, em algum lugar em minha euforia, eu senti que eu queria um café. Mas não qualquer um, eu queria um da Starbucks. Agora. Eu queria sentir um gosto muito conhecido, como se fosse o gosto de minha casa. Eu pensava tanto em Starbucks que de repente eu me vi em frente de uma loja. Não parecia muito com a que eu tinha ido a Palm Beach, nem a antiga em Seattle, a apenas duas quadras de minha casa. Era em outro lugar.

Era mais escondida, em uma rua pequena, com árvores por todos os lados.

Mas eu ainda conseguia sentir o cheiro do mar. Eu não devia estar muito longe de casa.

A rua era de pedras, pequenas, formando desenhos em espirais sem sentido para mim.

E havia um cara me observando. Os olhos fechados em fendas , como se duvidasse o que via bem em frente em seus olhos.

Era alto, e loiro. Não era grande como alguns caras que eu havia visto por aqui, pois era esbelto, a pele bronzeada de sol. Mas apesar de não ser formando apenas por músculos, eu vi de imediato que ele era forte. Muito forte. E ele era lindo. Muito mais do que lindo.

Seus músculos estavam tensos.

Eu estaquei de imediato, um frio percorrendo por toda a minha espinha. Eu conseguia sentir todos os pelos de meu corpo eriçados.

Ele fechou os olhos uma vez e os abriu novamente, como se para se certificar que eu estava bem ali.

Eu sentia a boca de meu estômago se apertar, mas por algum instinto idiota, eu me aproximei dele.

- Você consegue me ver? - eu perguntei pateticamente.
Seus lábios se abriram em um sorriso que dizia: "Perigoso. Eu sou perigoso.”.

- Sim, eu a vejo - ele respondeu. Sua voz era magnética, e parecia que me atraía cada vez mais para perto dele.

Eu dei um passo mais para frente e ele levou sua mão esquerda em minha direção.

De repente ele agarrou o meu braço, me puxando para bem perto dele.

Meu coração foi a mil. Eu me senti tonta de repente e medo percorria cada centímetro de meu corpo. Minha vista ficou turva, e era como se eu visse apenas sombras por todos os lados. Estávamos envoltos em sombras, mas a luz do sol ficava cada vez mais forte.

Eu queria correr, mas de alguma forma eu não tinha força - nem vontade - de tentar puxar meu braço de novo e sair correndo de perto daquele cara.

- Uma filha - ele disse, dando uma ênfase estranha a palavra. Então ele continuou - Eu senti seu cheiro , muito fraco, mas eu sabia que conseguiria te encontrar . Seja bem vinda filha do vento.

- Filha do que? - Percebi que minha voz tremia.

- Não se assuste, não tenha medo de mim, menina. Posso cuidar muito bem de você. - ele me puxou mais para perto, e eu vi que nossos rostos ficaram a apenas alguns centímetros. Eu conseguia sentir o cheiro dele queimando em minhas narinas.

Forte, amadeirado, delicioso.

Oh meu Deus. Eu percebi que ele era mais bonito do que eu imaginava. Seus olhos eram de um verde profundo. Mais do que perigo era mostrado neles. Perigo e desejo, de uma forma violenta.

- Me solta, por favor, me solta. - eu implorei com uma voz fininha - Me solta, eu quero ir para casa.

- Casa? Oh não. Você já esta em casa. Eu sou a tua casa.

E ele sorriu novamente, fazendo o meu corpo inteiro se arrepiar, de medo e atração.

Eu consegui ficar mais desesperada do que antes. Eu queria minha casa, meus pais. Eu queria um lugar seguro. Eu precisava de proteção.

- Por favor, me solte - eu implorei novamente.

A sua outra mão se enroscou em minha nuca, com força em meus cabelos.
Eu sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. Eu estava ficando cada vez mais tonta.

Oh por favor, por favor, eu preciso sair daqui.

- Não tente fugir de mim - ele me disse, com uma voz que não era maliciosa, e sim, de comando.

- Não! - eu gritei - Não. Não. Não.

Havia muitas pessoas em nossa volta, mas nenhuma olhava.

Eu vi vários surfistas fortões perto de nós que poderiam acabar com este cara em segundos. Assim eu imaginava. Mas eles não nos olhavam. Éramos invisíveis.

Eu precisava de ajuda. Oh meu Deus, eu precisava de ajuda.

- Por favor, alguém me ajude - eu comecei a gritar - Socorro. Alguém me ajude.

Lágrimas rolavam pelo meu rosto, e eu estava desesperada. Fechei meus olhos com força, quando eu senti o aperto de suas mãos aumentar em meu braço e em meus cabelos. Ele era forte. Tão forte.

Eu não conseguiria fugir dele nunca.

Por favor, alguém me ajude. Eu implorei uma ultima vez em minha mente. Eu sabia que minha voz não saia mais. Eu estava fraca. Muito fraca. Eu tentava me debater nos braços daquele estranho em uma tentativa fracassada de me soltar. Mas ele era forte. Tão, tão forte.

Eu estava perdida.

Foi então que eu senti meu corpo rolar pelo chão em um baque surdo.

Eu cai. Mas não era no chão duro de pedras em frente à Starbucks. Era mais macio. Quente e confortável. Eu senti uma pelugem macia em meu rosto.

Eu ainda tinha medo de abrir meus olhos e encontrar aquele estranho amedrontador.

Mas eu sentia que estava sozinha. Não sentia mais seu toque perigoso.

Eu abri meus olhos e vi que estava em um outro lugar. Era uma casa. Eu tinha certeza que era uma casa. Mas não a minha ou qualquer outra que eu conhecesse.

Temendo me levantar, rolei um pouco meus olhos pelo ambiente, e vi que estava realmente em uma casa, em cima de um tapete muito macio, marrom, que deveria ser muito, mas muito caro. Em minha frente um sofá creme, grande e que parecia ser tão caro quanto. Eu via algumas esculturas de mulheres.

Eu vi chamas um pouco adiante de mim, o que me assustou, até eu perceber que era uma lareira.

Foi neste exato momento que eu percebi que não estava sozinha. Havia outra pessoa comigo lá. Eu levantei em um salto, pronta para correr novamente, pois sabia que aquele louco havia me levado para algum lugar.

Mas minha cabeça girou e eu senti uma aguda náusea. Meu corpo todo latejava.

- Por favor, cuidado. Não se levante ainda. - pediu uma baixa voz masculina.

Eu queria chorar e gritar. Eu queria apenas fugir daquele cara. Eu voltaria para West Palm, para os reis mimados, para qualquer coisa que quisessem. Eu apenas queria ir embora.

Uma suave mão tocou o meu braço. E eu gritei. Gritei até que meus pulmões começassem a doer, e perder o fôlego. Eu me debati e tentei escapar daquela mão que tentava me segurar. Eu queria correr.

- Por favor - aquela voz novamente pedia - você esta segura. Eu não vou machucar você. Por favor.

Eu não podia confiar naquelas palavras. Eu ainda estava com muito medo e nauseada. Minha mente rodopiava.

- Por favor, meu nome é Andrew. Eu não vou te machucar. Você esta na minha casa. Por favor, se acalme.

Ele me soltou e foi para longe de mim. Suas mãos estavam em sua frente, como se ele tentasse demonstrar que não oferecia perigo a mim.

Eu tentei respirar fundo, uma, duas, vinte vezes consecutivas, tentando fazer meu louco coração tentar bater de uma forma que não me levasse a um enfarte muito prematuro. Superando meu medo, eu olhei para aquele estranho que tentava soar gentil.

Ele deveria ter qualquer coisa entre vinte e trinta anos. Era difícil de dizer, pois ele parecia muito jovem.

Ele também era louro, seus cabelos caindo abaixo de seu queixo, lisos e uma cor de mel. Era alto e magro, mas não parecia que tinha aquela força perigosa do homem estranho que havia me assustado tanto. Ele estava usando apenas jeans e um suéter claro Sua pele era clara, um pouco pálida, mas ele era tão, ou mais incrivelmente bonito que o meu agressor.

Olhei em seus olhos, e vi que estavam grandes e assustados. Realmente assustados comigo e ao fato de eu estar deitada gritando em sua sala.

- Você esta segura - ele me assegurou novamente em sua voz gentil. Ele ainda mantinha distância de mim .

Eu respirei longamente mais uma vez. Olhando naqueles olhos grandes, era fácil me sentir seguira. Era quase como olhar nos olhos de meu pai.

Apenas muito jovem e parecido com um astro de cinema.

Vendo que eu o olhava ele sorriu. Não da forma que um cara faz quando percebe que uma garota o esta avaliando. Ele ainda parecia mais como um pai ou um irmão mais velho preocupado.

- Como eu vim parar aqui? - eu perguntei debilmente.

Ele se aproximou estante e me estendeu as suas mãos, para me ajudar a levantar. Eu peguei as suas mãos e me senti subitamente aliviada. Não tinha aquela atração louca como antes, era suave, tranqüilo, familiar, paternal. Eu me sentia em casa.

Se Becca me ouvisse falar que estava na frente de um cara tão lindo como esse e que eu me sentia como se visse meu pai, ela tentaria me dar um direto de esquerda.

Ele me levou para uma poltrona muito macia, próximo à lareira.

Olhou longamente em meus olhos e parecia fascinado.

- Eu não sei. De repente você apareceu no meio de minha sala gritando por ajuda.

Eu suspirei longamente, tentando sentir alívio, mas ainda tinha um pouco de medo. E se aquele cara no fundo fosse perigoso, ou quisesse chamar a polícia e me denunciar por invasão de propriedade.

- Qual seu nome, filha? - novamente aquela inflexão na palavra. Era estranho na voz daquele cara. Ele era tão novo...

- Nicolle.

- Do que você fugia Nicolle?

- De um cara perigoso. E ele me lembra um pouco você.

Seus olhos se estreitaram um pouco e eu vi que eles também eram de um verde profundo.

Eu procurei ao meu redor e vi que havia duas garotas conversando do outro lado da sala. Aparentemente, elas não estavam prestando a menor atenção no que acontecia bem ali, perto delas. Elas não me viam também.

Vendo a direção dos meus olhos, ele sorriu novamente e olhou para mim. Era fácil confiar naquele cara.

- Não se preocupem. Elas não estão te vendo.

- Quem são elas? - eu perguntei.

Elas pareciam ter a minha idade, mas não pareciam com ele. Uma era pequena e morena. E a outra ruiva. Será que este cara era um tarado?

Era tão difícil imaginar isso...

- São minhas alunas. - sua voz ainda era calma - De quem você realmente fugia Nicolle?

- Eu não o conhecia - respondi pesadamente.

Oh, eu estava tão cansada.

Novamente ele me olhou, seus olhos brilhando, como se ele houvesse encontrado algo que procurava ha. muito tempo. Não era de uma forma pervertida, nem algo do gênero.

Não posso dizer que aquele cara era gay ou não, mas ele não me olhava como se olhasse para uma garota. Era muito, muito familiar.

De repente eu percebi que toda a situação que eu estava vivendo era absurda. Nada daquilo deveria ser real. Nem o fato de eu correr com uma velocidade sobre humana.

Nem o cara perigoso, nem esse estranho lindo que me olhava intrigado.

- Eu estou sonhando, não estou? - minha pergunta soava mais como uma afirmação.

Seu sorriso aumentou e ele pegou a minha mão. Era muito tranqüilo.

- Sim, - ele me disse - Mas, por favor, Nicolle, onde você mora?

Eu sabia que eu estava sonhando. Tudo era tão bizarro.

Eu olhei novamente para aquele estranho - Andrew - e sorri.

- Eu fiquei com muito medo que tudo fosse real.

- Não se preocupe. Mas eu ainda quero saber onde você mora e como você me encontrou. Eu posso te ajudar, filha.

Alívio tomou conta de meu corpo, mas eu novamente fiquei tensa ao ouvir a palavra.

Eu queria voltar para a minha casa.

Como eu queria voltar para a minha casa.

- Eu não sei como encontrei você. Eu nem sei o que eu estou fazendo aqui. E por que todos ficam me chamando de filha?

O sorriso dele morreu em seu rosto. Ele ficou tenso de repente.

- O outro... O outro a chamou de filha também?

- Sim - eu assenti.

- Você sabe o que isso significa?

- Não. E olha na realidade eu realmente estou cansada. Quero voltar para casa agora.

Eu me levantei e tentei encontrar o caminho da porta. Ele era agradável e tudo o mais, mas este sonho já estava longo demais.

- Por favor, aonde posso encontrar você, Nicolle?

- West Palm Beach - eu respondi de pronto, vendo que eu não encontrava a porta.

Mas depois de ver o absurdo de toda aquela situação, eu percebi que o jeito de voltar para a minha casa era mais simples do que eu poderia supor.

- Se isso é um sonho, eu posso acordar a qualquer momento não é?
Ele sorriu.

- Sim, mas ainda me diga aonde exatamente...

Foi então que eu fechei meus olhos com força e sorri.

A próxima coisa que eu senti foi um toque suave em minha testa. Um toque que eu reconheceria sempre.

- Como foi seu dia, garotinha?

Eu abri meus olhos, e vi que minha mãe estava ali, sentada comigo em minha cama, um quente sorriso em seus lábios.

Eu estava de volta ao meu quarto. E então, finalmente, eu relaxei.

Esses sonhos estavam se tornando insuportáveis.

Mais cedo ou mais tarde, eu precisaria encontrar uma ajuda profissional

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Oi amigos

Estou muito feliz com as visitas no blog .

Obrigada por estarem acompanhando a saga de Nicolle . Muitas surpresas virão por aí!!!!

Este final de semana , segue o capítulo 3 e uma atualização da playlist .

Um bjo no coração ! E muita magia na vida de todos !!!!

Gabriella

Playlist "As filhas do vento"


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